quinta-feira, 11 de novembro de 2010

2010/1 - 7º eixo


1. Seminário Integrador VIII - Docência de 6 a 10 anos
2. Estágio Supervisionado - Docência de 6 a 10 anos
3. Mídias e Tecnologias Digitais em Espaços Escolares
Fazer estágio novamente depois de tantos de prática foi um verdadeiro teste. Ao experimentar a metodologia de Projetos de Aprendizagem (PAs) – algo completamente novo para mim e para os alunos – e oferecer a eles a oportunidade de escolher o que desejavam aprender, abandonei o modelo de aprendizagem baseado na transmissão do conhecimento, um paradigma foi quebrado! Vejo hoje que minha opção por usar PA no estágio está diretamente relacionada ao fato de perceber a concepção implícita em minha prática, na qual acreditava que o professor detinha o conhecimento e o transmitia ao aluno. Nos últimos quatro anos a partir dos inúmeros conhecimentos que construí por meio do PEAD, pude rever minha prática e ressignificar meu fazer pedagógico em sala de aula. Ao criar um espaço novo para que os alunos expressassem seus desejos e curiosidades a simples reprodução do conhecimento deu lugar à pesquisa, a descoberta e a produção do conhecimento, ou seja, deu lugar a aprendizagem significativa, na qual o aluno é agente protagonista na construção do saber e este tem ligação direta com seus interesses e necessidades, não são simplesmente conteúdos soltos de uma famigerada lista de conteúdos mínimos. A participação do professor também é reconfigurada nesse novo espaço de aprendizagem, ele não pode mais agir como se detivesse todo conhecimento acumulado pela humanidade em suas mãos. Ele deve se colocar lado a lado dos seus alunos, articulando, mediando e orientando cada etapa do projeto, com atitude de pesquisador ele precisa promover o diálogo, provocar a reflexão e a ação, suas intervenções na relação do aluno com seu objeto de estudo são indispensáveis para que este avance no processo de construção próprio conhecimento. As novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) têm um papel fundamental na metodologia de PAs e na educação como um todo, pois quando usamos o computador para propor atividades desafiadoras aos alunos novas aprendizagens estão sendo construídas, desde a utilização da tecnologia em si até a convivência em grupo mais cooperativa e solidária, habilidades estas extremamente necessárias no presente e no futuro da humanidade. A realização dos PAs com a turma 32 teve relativo sucesso, entretanto tenho consciência que foi uma experiência incipiente com o objetivo específico de realizar meu estágio e sua análise, contudo afirmo aqui meu novo olhar de como se aprende e como se ensina, um olhar muito mais atento e principalmente mais comprometido.

sábado, 30 de outubro de 2010

2009/2 - 6º eixo

1. Seminário VII
2. Didática, Planejamento e Avaliação
3. Educação de Jovens e Adultos no Brasil
4. Língua Brasileira de Sinais
5. Linguagem e Educação


Toda vez que releio meus escritos dos semestres anteriores sinto que revivo cada uma daquelas aulas, dúvidas e discussões que tivemos, seja nos fóruns do rooda, nos comentários deste portfólio ou no msn. Quantas inquietações nos trouxe a interdisciplina de EJA com a fala apaixonada e comprometida da Professora Dóris Fiss; ali me dei conta da importância e do valor de quem abraça a causa dos jovens e adultos que não tiveram sucesso na escola regular, que eles precisam de um olhar mais atento e um currículo direcionado às suas peculiaridades. O papel mais importante do professor numa turma de EJA deve ser o de despertar em cada sujeito aquilo que ele já sabe e domina, valorizando suas habilidades no trabalho, no lar e na comunidade. Assim como o jovem e o adulto, o aluno surdo também necessita de um olhar mais sensível, de um profundo respeito a sua identidade, suas experiências e ritmo de aprendizagem, a história nos mostra que em tempos não muito remotos suas possibilidades de aprendizagem eram totalmente ignoradas, pessoas surdas eram considerados seres inferiores e até retardados, perdiam inclusive direito a herança de suas famílias. Hoje nenhum desses direitos lhes é negado, contudo ainda estamos distante da tão sonhada educação inclusiva, pois ainda estamos aprendendo como lidar com o diferente, muitos professores ainda tem medo e se negam a buscar formação nessa área tão carente de especialistas. Tentando aqui fazer um link entre tudo que vimos nas interdisciplinas até o 6º eixo, me arrisco a dizer nosso maior compromisso é levar o aluno a perceber o que está subentendido em cada mensagem que recebe, seja ela visual, de texto, propaganda, enfim, daquilo tudo que somos alvo cotidianamente e, aprender a expressar sua opinião criticamente, descartando ou servindo-se do que está dito ali para seu crescimento, sua vida e felicidade, que é o ideal de todos nós.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

2009/1 - 5º eixo

1. Seminário VI
2. Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II
3. Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais
4. Filosofia da Educação
5. Questões Étnico-raciais na Educação: Sociologia e História



Hoje vejo que a aprendizagem mais significativa para mim neste semestre foi o entendimento da importância da lei 10.639 (lei que institui o ensino de História e Cultura da África e das Populações Negras Brasileiras na grade curricular do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas de todo o país), me dei conta da minha própria ignorância quando entrevistei alguns alunos sobre discriminação e preconceito, entendi o valor de oferecer momentos de reflexão em que os alunos possam expressar seus sentimentos, pensamentos e vivências sobre diversidade e que essa é só mais uma das minhas funções como Professora, visto que problematizar este assunto é fundamental para a qualificação das relações dentro da escola. Fizemos um mergulho profundo em outras águas ainda não navegadas por mim: a Educação Inclusiva. Após relatos, pesquisas e entrevistas sobre o assunto percebo que práticas pedagógicas inclusivas necessitam de um trabalho multidisciplinar para que seja oferecido aos alunos NEE’s possibilidades de desenvolverem suas potencialidades e, que para isso aconteça somente o trabalho da Professora isolada na sala de aula é insuficiente, a escola e a mantenedora devem estar caminhando junto em direção a escola inclusiva dos sonhos, aquela em que nenhum aluno é discriminado e todos são respeitados na sua individualidade.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

2008/2 - 4º eixo

1. Seminário V
2. Escola, Cultura e Sociedade - Abordagem Sóciocultural e Antropológica
3. Organização do Ensino Fundamental
4. Organização e Gestão da Educação
5. Psicologia da Vida Adulta
6. Projeto Pedagógico em Ação


Aqui estudamos diversos teóricos da educação e buscamos entender as concepções implícitas em nossa prática diária em sala de aula, analisamos e discutimos os projetos político-pedagógicos e regimentos de nossas escolas, os sistemas de ensino e a gestão democrática em todas as suas dimensões (administrativa, financeira, relacional e pedagógica), nessas discussões percebi que um dos desafios da escola hoje é trazer a comunidade escolar para dentro da escola, criando práticas e espaços onde possam se manifestar efetivamente. Na interdisciplina Psicologia da Vida Adulta realizamos um Projeto de Aprendizagem tentando responder como a TV exerce influencia na formação da criança. Depois da pesquisa inicial e das dificuldades em realizar um trabalho em grupo a distância o PA flui tranquilamente e as trocas dentro do grupo ficaram mais qualificadas, pois entendemos que na EAD os espaços e tempos de participação são mais flexíveis do que no presencial, possibilitando que cada componente do grupo possa contribuir a seu tempo e de modos diversos. Naquela época considerava impossível a realização de um PA em sala de aula e via o currículo escolar como uma barreira para tal empreendimento. Hoje depois do meu estágio em que apliquei a metodologia de PA’s e consegui relativo sucesso percebo como eu estava enganada, que sempre podemos encontrar uma maneira de fazer aquilo que acreditamos quando estamos verdadeiramente comprometidos.

domingo, 17 de outubro de 2010

2008/1 - 3º eixo

1. Seminário Integrador IV
2. Educação e Tecnologias da Informação
3. Representação do Mundo pela Matemática
4. Representação do Mundo pelas Ciências Naturais
5. Representação do Mundo pelos Estudos Sociais


Os números, as novas tecnologias, o espaço, o tempo, a vida, a natureza e o universo foram algumas das temáticas que vivenciamos neste eixo. Provocar o questionamento e a dúvida sobre tudo que é óbvio em nosso cotidiano em sala de aula parecia ser o objetivo das interdisciplinas e ficou claro que cabe a nós - professores - fazermos a ligação para que os conteúdos a serem ensinados aos alunos tenham significado real. Em TIC’s construímos uma linha de tempo relacionando a história da Informática com nossa vida, foi um trabalho de pesquisa minucioso que rendeu um trabalho no mínimo curioso, pois rever e reviver nossa própria história é um exercício que deveríamos fazer sempre, para valorizarmos tudo que vivemos e realizamos, que, muitas vezes na correria do cotidiano fica esquecido. Provocada ainda pela interdisciplina Fundamentos da Alfabetização do Eixo II, escrevi um Position Paper, desafio da interdiciplina Seminário Integrador IV, onde tínhamos que realizar um Plano Individual de Estudos, aprofundei aí meus estudos sobre a Epistemologia Genética, teoria de Jean Piaget, tentando entender como os alunos aprendem e como fazer as intervenções corretas para que eles avancem em sua aprendizagem rumo à alfabetização.

sábado, 16 de outubro de 2010

2007/2 - 2º eixo

1. Seminário Integrador III
2. Artes Visuais
3. Escola, Projeto Pedagógico e Currículo
4. Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem
5. Ludicidade e Educação
6. Música na Escola
7. Teatro e Educação

Dia 1º de setembro de 2007 tivemos nossa festa de calouros na UFRGS, fui batizada oficialmente pelo Reitor José Carlos Ferraz Hennemann. Foi uma confraternização com os colegas dos pólos de Alvorada, Gravataí, Sapiranga, nós: São Leopoldo e Três Cachoeiras, nossos tutores, professores, coordenadores e as autoridades da universidade. Nas interdisciplinas de Artes, Música, Ludicidade, Literatura e Teatro, pudemos explorar nossa criatividade com colagens e sonhos, brincadeiras e fotografias, música e cinema, leitura e teatro, visitamos inclusive a 6ª Bienal do Mercosul juntamente com a Professora Daniela. Fui até a cidade de Portão para realizar uma prática solicitada pela professora Celina, da interdisciplina de Teatro. Foi uma experiência única na época por que a cada dia eu reafirmava minha vontade de retornar a sala de aula. Os alunos da 3ª série da minha colega Patrícia foram extremamente receptivos, concentraram-se e levaram a sério todos os execrcícios que propus e eu saí de lá revigorada. Na interdisciplina EPPC, percebi que ao refletir sobre Currículo, Didática, Avaliação e PPP repensamos sobre o cidadão que estamos formando e o quanto podemos contribuir para as mudanças necessárias na sociedade em que vivemos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

2007/1 - 1º eixo


1. Seminário Integrador I
2. Seminário Integrador II
3. Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I
4. Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva Histórica
5. Fundamentos da Alfabetização
6. Infâncias de 0 a 10 anos
 

Tudo foi uma grande novidade neste semestre, pois eu estava me sentindo realizada, havia realizado um sonho: estudar na UFRGS. O maior desafio foi utilizar as ferramentas de informática ainda desconhecidas por mim: Rooda, pbwiki, blog, contudo não tive muitas dificuldades, sempre gostei de computador e já havia trabalhado na área. Pude inclusive qualificar minha prática na escola a partir dessas novas aprendizagem trazidas pelo PEAD. Realizar as atividades de Fundamentos da Alfabetização foi muito gratificante, pois tive que pesquisar materiais antigos da época em que eu alfabetizava, revi fotos dos meus alunos, trabalhos, bilhetes, projetos que deram certo e outros que nem tanto. Sentia muita falta da sala de aula nessa etapa já que estava trabalhando na SMEE. As novidades mexeram com minha vida pessoal e profissional, fiz muitas trocas interessantes com a Marta (minha madrinha) e, com as colegas Patrícia e Sandra via MSN, no trabalho conversava muito com colegas pedagogas, assistentes sociais e psicólogas sobre minhas novas aprendizagens. Discussões sobre infância, escola, sociedade, família trouxeram memórias e lembranças pessoais que contribuíram na compreensão das temáticas em estudo. Aprendi a rever minhas afirmações na medida em alguém concordava ou discordava de mim, várias vezes construindo uma nova forma de pensar, isso me foi proporcionado na interdisciplina de Psicologia.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eixo IX - Etapa Final do PEAD

Iniciamos o Eixo IX, semestre final do Curso de Pegagogia. Momento em que vamos fundamentar todo aprendizado dos últimos quatro anos de estudo, de prática e dedicação. Todos nós demos o nosso máximo, em um momento ou outro neste espaço de tempo tivemos vontade de desistir, de largar tudo, mas alguma coisa  ou alguém ou a nossa vontade absurda de concluir mais uma etapa, que no meu caso já foi várias vezes adiada, nos impediu e nos fez andar adiante. E agora estamos aqui, iniciando o Trabalho de Conclusão de Curso, com muitas dúvidas e algumas certezas, mas com muita vontade de acertar, de fazer diferente, de contribuir de verdade com o crescimento intelectual e cognitivo das crianças que são a nós confiadas ano após ano. Dia 12 de janeiro de 2011 será o dia em que cada um de nós estará conquistando seu tão sonhado diploma de graduação. Me formar na Universidade Federal do Rio grande do Sul é um privilégio, pois para mim sempre foi um grande sonho. Enfim, agora faltam somente alguns meses. Estou realmente muito feliz!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

10ª semana de Estágio

Fiz meu primeiro estágio em 1987 quando concluí o magistério, de lá pra cá minha caminhada é longa e ininterrupta. Nestes vinte e dois anos de carreira tive experiências das mais diversas: trabalhei em sete escolas até hoje, alfabetizei durante seis anos, trabalhei no laboratório de informática de 5ª a 8ª série, na EJA e no Curso Técnico de Administração. Trabalhei na Secretaria Municipal de Educação por duas gestões, na primeira delas em 1994 participei do processo que implantou os Laboratórios de Informática nas dezessete escolas municipais que existiam na época; na segunda gestão participei do planejamento e execução dos eventos de formação continuada aos profissionais da educação da rede municipal. Tento analisar o valor que teve fazer um novo estágio a esta altura da minha vida profissional, o quanto me transformou, me apresentou um novo olhar para com a construção da aprendizagem e minhas crenças sobre como aprendemos. Uma conclusão eu posso anunciar aqui: o estágio acabou, mas os nossos Projetos vão continuar, minha meta para os próximos meses é contribuir de maneira significativa para a aprendizagem dos alunos que foram a mim confiados neste ano, buscando experimentar, pesquisar, criar, realizar, reinventar, solucionar dúvidas e problemas do cotidiano com base na leitura de mundo das crianças, da realidade delas, para aprendermos além dos conhecimentos preestabelecidos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

9ª semana de Estágio

Como objetivo principal do meu estágio, planejei oferecer aos alunos condições para que desenvolvam seu potencial, oportunizando situações e experiências com a linguagem, a escrita e o raciocínio lógico, buscando a interação e participação de todos de forma autônoma na construção do próprio conhecimento. Ao propor a turma o desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem onde eles poderiam escolher o que pesquisar e aprender o assunto que desejassem pretendia fugir da sistemática “quadro, giz e livro didático” a qual estavam habituados, tanto que em princípio eles nem sabiam por onde começar, se mostravam bastante dependentes e precisavam de direcionamento o tempo todo. É nítida a mudança que aconteceu com as crianças após estas cinco semanas, eles já demonstram grande autonomia na realização das atividades propostas, tanto em sala de aula quanto no laboratório de informática. Percebi que alunos que há nove semanas nunca tinham acessado a internet, já sabem a diferença quando eu digo: hoje vamos pesquisar ou hoje vamos acessar o site X, no primeiro caso vão diretamente ao google e no segundo já vão providenciando papel e lápis para anotar o endereço. Vejo este como um dos pequenos sinais aos quais devo estar atenta e acreditar cada vez mais no trabalho ao qual me propus.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

8ª semana de Estágio

Falar de avaliação me parece ser a coisa mais importante agora. Ainda me sinto muito incomodada com o fato de utilizar notas para avaliar meus alunos, sinto que isso não faz sentido. Gostaria de fazer e refazer aqueles testes e provas até todos entenderem tudo, obterem nota 10,0.  Se acreditarmos na construção da aprendizagem é necessário entender que a avaliação é um processo longo, onde inúmeros instrumentos devem ser utilizados para tal, os alunos precisam mostrar seus conhecimentos em outros espaços e tempos da escola. Entendendo que a aprendizagem é uma construção e a avaliação é um processo, cabe a nós professores criarmos novas situações para que os alunos possam expressar seus conhecimentos e suas possibilidades à medida que o processo está em andamento. Essa avaliação não pode ter como objetivo dar nota aos alunos ou quantificar a aprendizagem de cada um, deve sim servir de subsídio para que os professores repensem sua prática diária nos sentido de qualificar o trabalho pedagógico e por conseqüência a aprendizagem dos alunos.
Na escola toda prova poderia ser refeita, sem incidir em nota intocável; se avaliação só tem sentido para garantir a aprendizagem do aluno, prova mal feita deve poder ser refeita, com o intuito de melhorar; nota “definitiva” é fetiche: assim como foi “inventada” pelo professor, pode também ser “desinventada”; nota não é arma, é apenas critério classificatório subordinado ao compromisso pedagógico. (Pedro Demo, 2010)

domingo, 6 de junho de 2010

Vale a pena ler ou reler...

Não era uma época fácil para ser professor, se é que algum dia já foi. Pressionados pelo Estado para elevar os padrões e pelos pais para dar notas mais altas, colocados sob uma lente de aumento para que se descobrisse qualquer insensibilidade étnica ou impropriedade sexual, dilacerados entre as exigências repetitivas de proliferação de testes padronizados e o clamor dos estudantes pela criatividade de expressão, os professores eram responsabilizados por tudo que dava errado com as crianças e assediados para salvá-las de todas as maneiras. Esse duplo papel de bode expiatório e salvador era decididamente messiânico, mas mesmo em ciclos de 1998, provavelmente Jesus seria mais bem pago. (SHRIVER, Lionel. Precisamos falar sobre o Kevin. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007. pág. 388)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

7ª semana de Estágio

Em meio a avaliações “quantitativas” de aprendizagem estamos realizando nossos Projetos de Aprendizagem. Em meio a cobranças das mães que querem os cadernos de seus filhos entupidos de cópias e mais cópias estamos realizando nossos Projetos de Aprendizagem. Em meio a muitas dúvidas e pouquíssimas certezas estamos realizando nossos Projetos de Aprendizagem. E estamos descobrindo várias coisas enquanto os realizamos! Os alunos se mostrando cada vez mais envolvidos com os temas que escolheram. Hoje o aluno Gabriel trouxe um trabalho que realizou numa lanhouse com seu pai, o qual intitulou: “trabalho do surgimento da escrita”, isso mesmo... com letras minúsculas até no seu nome e no meu, copiado e colado da web certamente, mas com muita vontade de mostrar, de dizer e de falar tudo que leu e pesquisou sobre a temática...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

6ª semana de Estágio

Estou lendo Avaliação Mediadora de Jussara Hoffmann. Na avaliação mediadora o professor busca investigar o como seu aluno está aprendendo e a partir dos resultados obtidos elabora novas formas de ensinar aqueles alunos que não estão alcançando sucesso ainda.  Ao se utilizar dos resultados da avaliação para qualificar sua prática pedagógica o professor está favorecendo a aprendizagem de todos os alunos. Desde que iniciei com minha turma de 3º ano procuro observar o desempenho diário de cada aluno, prestando atenção em suas atitudes, perguntas e respostas desde a hora da recreação, da merenda até a realização das atividades em aula. Mas a burocracia escolar ainda exige a aplicação de testes e provas a cada trimestre. Não posso nem reclamar muito, pois até pouco tempo atrás ainda eram bimestres! A escola em que trabalho e estou realizando meu estágio utiliza notas de 0 a 10 para comunicar a comunidade o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Não acredito que um número possa expressar verdadeiramente o que cada aluno construiu ou avançou no seu processo de aprendizagem nestes primeiros três meses do ano letivo. Como vou avaliar provas escritas daqueles meus alunos que ainda não sabem ler? Tenho por princípio acreditar que todos podem aprender, portanto quem ainda não aprendeu está em processo, por isso vejo como incoerente um número taxar a aprendizagem das crianças. “Sem dúvida, parece que o professor se surpreende que o aluno não saiba alguma coisa (ele não é um aprendiz?), enquanto deveria se admirar com suas incríveis e precoces descobertas.” (Hoffmann, 2009, p. 78). Esta frase ilustra muito bem aquela situação que por várias vezes já ouvi de professores alfabetizadores: - Mas o fulaninho nem sabe escrever seu nome! E como saberia? Não veio à escola para aprender? Ao refletir sobre minha prática avaliativa, percebo que ainda necessito estar mais atenta às peculiaridades de cada criança, pois por vezes ainda me flagro comparando um aluno a outro ou então exigindo um desempenho muito além do esperado para aquela etapa de desenvolvimento da criança.